É sabido que há um grande descontentamento na CGADB que viu as últimas eleições serem marcadas por uma série de processos jurídicos e anulações. Todo esse processo embaraçoso prejudicou a imagem da denominação, uma das maiores do país. Procurado pelo Gospel Prime, André Câmara, filho de Samuel, afirmou que, a essa altura, “é muito natural que pastores do Brasil inteiro estejam saindo e querendo se reorganizar em outras estruturas, pois não há espaço nem objetivos na atual gestão familiar e sindicalizada”.
Acrescentou ainda que “muitos pastores do Brasil já saíram ou estão em processo de sair, mas de forma espontânea e pessoal. Parece inevitável que um movimento levantado por Deus aconteça para dar dinâmica e visão para pastores assembleianos”.
Seria uma convenção mais “livre e fiel às ideias históricas da Assembleia de Deus”, garante André. Encerrou dizendo: “A Assembleia de Deus é uma igreja e movimento que tem potencial de incendiar o Brasil para Jesus com apoio de uma convenção, mas nada se faz nos últimos 30 anos e aparentemente permanecerá assim. Friso que não estou falando da estagnação das igrejas da Assembleia de Deus, mas da convenção que tenta representá-la. Convenção é para servir a igreja, mas o que existe hoje é uma convenção que deseja ser servida pela igreja”. Esse movimento não é de uma pessoa só, pois inclui vários pastores e ministérios. O pastor Samuel foi procurado por eles, mas não está liderando, conforme assegura o filho.
Membro há mais de 30 anos da CGADB, Samuel Câmara não nega que vem sendo visitado por pastores vindos de diversos estados. O desejo é que ele assuma a liderança desse grupo dissidente. Algumas reuniões nesse sentido já aconteceram, mas não existe nada oficial.
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